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Mãe com síndrome rara quase perde a vida durante o parto

Daniela Fonseca, de 39 anos, desde muito pequena sonhava em ser mãe, mas esse seu sonho não foi tão fácil assim de se realizar.

A primeira gestação de Daniela foi super planejada e muito esperada. Seu médico dizia que ela precisaria de um tratamento hormonal para engravidar, já que ela tinha tentando outras vezes e nada.

Mas foi o médico pedir os exames para começarem o tratamento e  lá estava ela grávida de 8 semanas, aos 34 anos. Ela descobriu que estava grávida no dia 1º de abril, ao contar ao marido ele pensou que fosse mentira. O casal olhou várias vezes o exame, mas a ficha só caiu após o ultrassom.

A gestação

Sua gestação foi bem turbulenta, ela teve diabetes gestacional e com 24 semanas a pressão começou a dar sinais queria subir.

Ela fez tudo que os médicos mandaram, mas com 33 semanas, depois de sentir uma dor de cabeça chata que não passava nunca ela ligou para o médico plantonista da equipe do meu médico que estava viajando para ele a ajudar.

O médico plantonista pediu a ela para ir ao hospital para desencargo de consciência, pois bem, por lá ela ficou ….exames e mais exames. Ela só ouvia a obstetriz conversando e tentando a todo custo achar o seu médico para falar dela.

Os exames foram enviados para o seu médico. Ele então pediu para repeti-los no dia seguinte. No início da noite ainda no hospital foi constatado que seu bebê já estava em sofrimento fetal, mas ninguém lhe falava o que acontecia….

O seu marido  Renato foi buscar roupas para ela quando o médico ligou para ela falando que ele estava na estrada a caminho para fazer seu parto, que era para ela ligar para o seu marido voltar imediatamente, ou ele não assistiria o parto.

Síndrome de HELLP

Ao chegar, o médico sentou ao seu lado e explicou que ela estava com “Hellp Sindrome” uma intercorrência obstétrica rara e de difícil diagnóstico, a que mais mata mãe e bebê no mundo ((H, hemolytic anemia), enzimas hepáticas (EL, elevated liver enzymes) e baixa contagem de plaquetas (LP, low platelet count) (HELLP) são as principais características da síndrome.).

E a única cura era separar mãe e filho. Independente da sua idade gestacional antes que seja tarde.

Seu  marido chegou 5 minutos antes dela ir para a sala de cirurgia. O obstetra chacoalha-lo para ele cair em si. A situação era grave, Daniela.Ela estava indo pra sala de cirurgia sem saber o que podia acontecer, sem ao menos saber se ela ia voltar de lá e seria com ou bebê.

 O nascimento

A sorte que com 33 semanas o bebê conseguiu sobreviver a síndrome, ficou na UTI por 22 dias com insuficiência respiratória.

Ela teve hemorragia, ficou na UTI e só pode conhecer seu Lucca 24 horas depois. Ela teve que ir de cadeira de rodas, perdeu muito sangue e seus níveis de plaquetas, enzimas demoraram um pouco pra voltar.

Ela ficou ainda fiquei 3 meses com uma anemia profunda.

Na mesa de cirurgia, Daniela lembra que rezou muito, pedi muito pra que nada acontecesse com eles. “Deus me ouviu e nos permitiu esse milagre, estamos aqui eu e meu guerreiro Lucca”.

Após o nascimento de Lucca, Daniela teve uma segunda gestação, da Manuella.

Foi uma gestação bem complicada, pois a Síndrome poderia voltar, foram diversas injeções de anti-coagulantes na barriga a gestação quase toda, acompanhamentos, e mil coisas mais, enfim ela chegou nas 39 semanas de gestação e graças a Deus foi tudo bem.

Com três anos, o guerreiro Lucca, foi diagnosticado com  autismo que pode ser em decorrência da síndrome HELLP. Hoje com 6 anos ele é um lindo e carinhoso menino.

A luta da Daniela agora é outra ela batalha para que Lucca possa ter um tratamento adequado e uma escola apropriada. Sempre oferecendo o melhor para seu filho.

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