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Mãe abandona bebê em obra e afirma para polícia que engravidou após ser estuprada

A recém-nascida foi achada abandonada em uma obra no município de Cristalina. Uma mulher de 32 anos foi investigada por abandonar a própria filha recém-nascida em uma obra do município de Cristalina, região próxima ao Distrito Federal. A mulher que deu o depoimento à Polícia Civil de Goiás, na última quarta-feira, 13 de janeiro, três dias após ter dado a luz, contou que fez isso pois a filha era fruto de um estupro. Ela manteve a gravidez em segredo de seus familiares.

De acordo com as informações do G1, nesta semana, a mulher recebeu alta do hospital municipal e seguiu para prestar depoimento. Ela não foi detida. Ainda de acordo com o G1, o delegado Juliano Campestrini deu informações de que o caso foi tratado como abandono de incapaz. A criança foi acha no último domingo, 9, e entregue aos cuidados da assistência municipal da cidade.

O delegado contou ao portal de notícias que a mulher apresentou a sua versão sobre o abandono, contando que a gestação foi indesejada e que ela não queria o bebê, pois foi fruto de um abuso sexual que ela sofreu em outro estado. Por conta disso, ela pensou que a melhor escolha era esconder sua gestação das pessoas.

De acordo com a Metrópoles, as autoridades irão realizar uma investigação mais a fundo sobre o caso para confirmar a veracidade do estupro. Mas, com a apuração prévia caso de abuso sexual, é necessário cautela para delimitar a conduta da mãe. Não foi divulgado pelas autoridades o local do estupro nem se ela era próxima do suposto abusador.

A criança foi resgatada pelos Filhos de Conceição Rodrigues, que é cuidadora de idosos. Ela contou ao G1 que seus filhos acharam a criança assim que escutaram seu choro, enquanto estavam brincando no local, e a chamaram para ajudar com os primeiros socorros. Ela contou que os menos foram correndo chamá-la, mas ela pensou que fosse mentira, mas ao ver tamanho desespero das crianças, decidiu conferir. A cuidadora ainda contou que ao pegar a criança no colo, ela deu “uma mexida” nela para confirmar se ainda estava com vida

A criança foi achada com sinais de hipotermia, queda significativa da temperatura de seu corpo, o que geralmente ocorre quando alguém fica exposto ao frio por um tempo prolongado.

Violência sexual contra mulheres no Brasil

Relatos de abusos sexuais preocupam no país. No ano passado, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pelo FBSP, durante a pandemia do vírus da Covid-19, uma a cada quatro mulheres acima de 16 anos contou ter sofrido algum tipo de violência, sendo cerca de 17 milhões as que contaram sofrer violência física, psicológica e sexual, de acordo com citado pelo G1.

De acordo com a Metrópoles, no ano de 2019, o país registrou um estupro a cada oito minutos, ou seja, cerca de 66,1 mil boletins de ocorrência sobre estupro de vulneráveis. Já no ano de 2015, a média era de um estupro a cada onze minutos, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Fonte: O Segredo

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