Geral

Após morte da filha que sofria bullying, mãe cria grupo de apoio a pais

A data de 7 de janeiro é sempre muito difícil para a mãe Nicola Harteveld, de Pembrokeshire, localizado no País de Gales. Isso pois neste mesmo dia, mas no ano de 2017, sua filha Megan Evans, uma adolescente de 14 anos de idade, tirou sua própria vida em casa, após ter sofrido bullying virtual. A mãe, que não percebeu na época os sinais dados pela filha, criou um grupo de apoio, com o objetivo de auxiliar outros pais a identificarem o problema, e assim, evitar novos casos de suicídio na infância.

Em uma entrevista que foi dada a um portal de notícias local Wales Online, Nicola contou que lidaria com a situação de uma forma totalmente diferente se pudesse voltar no tempo. Ela relata que agora ela pode ver as coisas tão óbvias, e que antes ela não fazia ideia. Ela foi totalmente ingênua, sempre pensou, que se alguém estivesse com um problema de saúde mental, a pessoa se trancaria no quarto, começaria a usar roupas de cor preta. Naquela época, essa era a percepção dela em relação a uma pessoa com algum problema de saúde mental.

De acordo com a mãe, Megan era uma menina “linda, gentil, vivaz, engraçada, extremamente popular e confiante”, e devido a isso ela nunca desconfiou de que a filha estivesse passando por tal situação. No entanto, todas as noites a adolescente recebia mensagens de texto cruéis através das redes sociais. Nicola contou que era mensagens totalmente maldosas, xingamentos, que entraram na cabeça da filha.

Na mesma noite em que a adolescente cometeu suicídio, ela havia recebido uma mensagem dizendo: “por que você não se enforca?”, e ela apenas respondeu “ok”. Essa foi a última mensagem enviada por Megan antes de ter sido encontrada sem vida, de acordo com o que foi contado por Nicola.

Mãe cria grupo de apoio

Desde que perdei a filha, Nicola começou a cursar psicologia e criou o grupo de apoio chamado Megan’s Starr, para conscientizar outros pais sobre a importância de estarem atentos a saúde mental de seus filhos. A mãe conta que agora ela entende os sinais dados por Megan, ela estava dormindo muito durante o dia, era bastante sigilosa com o seu telefone celular — ela literalmente ficava com o aparelho sempre em suas mãos, não o soltava por nada. Atualmente, Nicola acharia estranho as atitudes da filha, porém na época não havia significado nenhum para ela.

Apesar de nunca ter conseguido superar o que aconteceu com a filha, Nicola revelou que o grupo tem ajudado ela bastante a seguir em frente.

Fonte: Megan’s Star Foudantion

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo