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A história por trás da foto de uma mãe que lambeu seu bebê recém-nascido

Provavelmente você deva ter visto na web a fotografia de uma mãe lambendo seu filho recém-nascido. A foto viralizou em todo o mundo após ter sido premiada pelo FineArt Association (prêmio internacional focado em fotos de casamentos, gravidez e família) levantando a polêmica: tudo bem a mulher querer lamber o filho depois do parto?

A dupla retratada na imagem, feita pela fotógrafa Ludy Siqueira, é brasileira. A mãe é Cátia Borba, que reside em Camaçari, localizdo na Bahia, e o bebê, chama-se Kirone, atualmente tem 2 anos. Em uma entrevista exclusiva à CRESCER, Cátia contou a história por trás do foto, tirada pela fotógrafa Ludy Siqueira.

Ela conta que quando teve o Kirone, foi uma gestação muito planejada e esperada. Ela já havia perdido um filho anteriormente, pois teve pré-eclampsia. Levou a grávidez até o fim e quando chegou a hora de parir, foi para a maternidade. Após fazerem um ultrassom, contaram a ela que seu filho já estava sem vida. Como ele já estava encaixado, recomendaram que ela, ainda assim, tentasse o parto normal e deram ocitocina. Ela entrou em trabalho de parto e deu à luz um bebê já sem vida.

Depois de tudo isso, ela ficou com aquele sentimento de mãe parida e sem filho. Com leite nos seios e sem ter a quem amamentar. Com quarto e enxoval prontos, mas sem filho. Sentiu-se uma fêmea provida de todas as condições para ter um bebê e, mesmo assim, sem ele. Isso ocorreu em 2011 e só engravidou do Kirone em 2015. Por motivos óbvios, existia muita preocupação depois de tudo que aconteceu. Ela procurou uma doula, assistiu a muitos documentários, participou de rodas de conversa sobre parto humanizado e foi se informando, conscientizando, encorajando.

Quando ela tirou um momento para decidir sobre esse parto, decidiu ter normal novamente. Pois ela pensava: “Se o bebê que veio ao mundo morto, veio em um parto normal, eu queria ter o prazer de ter o meu bebê vivo dessa forma”. Quando o pequeno Kirone veio ao mundo, ela foi tomada por uma grande emoção. O instinto falou mais forte.

Ela estava realizando o sonho de parir um bebê vivo. Não encontrou outra forma de recepcioná-lo e dizer o quanto ele era amado. Que ela era sua mãe, que tinha acabado de pari-lo. Ela conta que lamber o filho foi uma expressão de todo esse acolhimento, depois de tudo que eu já havia perdido.

Por sorte, a Ludy estava lá para registrar esse momento. Quando eu autorizei que ela divulgasse essa imagem, esperava inspirar outras mulheres a não desistirem de seu sonho de um parto humanizado e respeitoso.

Fonte: CRESCER

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